quarta-feira, 3 de junho de 2009

Interessante! - Indico...

Encontrei o site de Rodrigo Ghedin pesquisando sites relacionados ao Direito... achei super interessante, fica aqui minha dica pra quem gosta de blogs ecléticos, uma vez que o de Rodrigo fala não só de Direito mas também de outros temas cotidianos.


O português é um belo idioma. Difícil como poucos, e justamente por causa dessa dificuldade, que expande as possibilidades e capacita a transmissão de ideias com muita precisão - inclusive depois da reforma ortográfica, temos um idioma rico, complexo e bonito. Nunca fui um estudioso profundo dele, mas sempre me ative para, na medida do possível, fazer bom uso, não castigá-lo como muitos fazem, deliberadamente, na Internet.

Apesar dessa admiração, não sou extremista. Em nada. Extremismo é um saco, se duvidar, nem os próprios extremistas se aguentam (e talvez por isso virem homens bomba). Vez ou outra me deparo com alguns assim, os libertadores do português puro, nos outros blogs que mantenho. Como esses têm relação com a informática, termos em inglês, importados, são relativamente comuns. Mas não para os justiceiros do Aurélio.

A questão é que, por mais que eu queira e dê preferência ao nosso vernáculo, algumas coisas são impossíveis de serem traduzidas. Como eu traduziria, de forma simples, mantendo o sentido e sem me alongar muito, “release candidate”, um dos estágios do desenvolvimento de um programa? “Candidato a lançamento”? Soa estranho; “liberação prévia”, como sugeriu um leitor? Deturpa o sentido da expressão original; alguma outra? Não consigo imaginar. Então, fica “release candidate”, mesmo sob protestos de alguns.
Há uma espécie de briga entre os puristas e liberais, mas a verdade é que o meio termo prevalece, independente de leis, imposições ou protestos em blogs de informática. O idioma não é uma entidade morta, ou passível apenas de mudanças bem estudadas, debatidas e publicadas.


O idioma é vívido, muda no dia-a-dia, com a popularidade das palavras vindas de fora. Exemplo? O famigerado scrap, que caiu no gosto do povão graças ao orkut, e tamanho sucesso fez que já inspirou até o nome de um celular cujo principal atrativo é um teclado para escrever… scraps.

Bom senso é sempre ideal, e querer lutar contra esse tipo de evolução é dar um tiro no pé. É importante preservar o idioma, mas vedá-lo contra invasões estrangeiras, especialmente no mundo globalizado em que vivemos, é tolice. Quando sento na cadeira, abro o editor de textos, e me coloco a escrever, o objetivo primordial é que todos entendam o que quero transmitir. A escrita é pura e simplesmente a fala sintetizada, colocada n’outro plano para facilitar sua propagação. Se a maioria dos leitores é familiarizada com termos estrangeiros, o que justificaria a tradução inadvertida deles? Patriotismo? Reserva linguística? Teimosia?

O que incomoda são os excessos. Mas isso é papo para outro texto. See you later (e, sim, isso foi uma provocação=D ).

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